terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O BUQUÊ DE NOIVA

No dress code do casamento, não é possível imaginar uma noiva entrando na igreja sem levar consigo um buquê.

Etimologicamente, a palavra buquê significa reunião de coisas que formam um conjunto. Apesar de buquê ser uma palavra de origem francesa (bouquet, ramalhate de flores), a tradição de levar o buquê é muito antiga e remonta a Antiguidade Clássica.

Na Grécia Antiga, as noivas levavam consigo o buquê que funcionava como uma espécie de amuleto. O usual era que o buquê fosse montado com ramos de plantas e ervas e até mesmo alho para afastar o mau olhado.

Mas os buquês também utilizavam flores porque, afinal, a flor, que é o órgão sexual das plantas, significa fertilidade e prosperidade, e junto com espinhos, que afastavam os maus espíritos.

Na Idade Média, no trajeto até a igreja, as noivas recebiam flores, ervas e temperos, juntando-os em uma ramagem que levavam em seus braços. O dignificado era desejar sorte e felicidade a noiva.

É interessante observar que existem registros de que somente as camponesas e moças de origem humilde usavam buquês. As moças de famílias abastadas e nobres utilizavam terços de ouro e pedras preciosas, ou, durante a cerimônia, carregavam as jóias que ganhavam de presente.

Com o passar dos séculos e com a introdução de flores exóticas, os buquês ganharam um status de sofisticação, principalmente porque certas espécies de flores somente podiam ser cultivadas pela nobreza.

Além disso, diante da rígida etiqueta social de conduta, as flores passaram a ganhar significados próprios para expressar os sentimentos. Isso é o que passou a se chamar, na Época Vitoriana, de "Linguagem das Flores", para demonstrar as intenções sem falar uma única só palavra.

E sobre a tradição de jogar o buquê, há duas explicações: primeiro, que essa prática surgiu para substituir uma anterior, com certeza muito problemática, que era a de moças solteiras rasgarem pedaços do vestido da noiva; segundo, é uma forma de compartilhar a prosperidade e a sorte de arranjar um marido, com a crença de que quem pegar o buque será a próxima a casar.

Usualmente, os buquês são em três formatos: redondo, que pode ser cheio ou pequeno; em cascata, que pode ser em tamanho médio ou longo; e braçada, que pode ser de flores, de ramagens ou uma única flor.

Os buquês redondos são para noivas mais românticas. Esteticamente, é mais adequado para noivas de baixa estatura. Se a noiva for gordinha, deve evitar os buquês redondos.



Os buquês em cascata são mais aconselhados para casamentos à noite e para noivas altas e magras. No entanto, se a noivinha for magra e baixinha ou gordinha, deve usar uma cascata em tamanho médio, para não encobrir detalhes do vestido.


No caso de noivinhas gordinhas, o buquê em formato cascata em tamanho médio alonga a silhueta.



Os buquês em formato de braçada são aconselhados para as noivas de todos os biotipos e são indicados para casamentos informais e minimalistas.



Há também a opção ao tradicional buquê, que é a noiva entrar com um terço de pérolas ou de cristal, ou levar unicamente uma flor.

Muito embora existam opções que podem variar de acordo com o estilo da noiva, quanto à escolha das flores, além do gosto pessoal, deve ser levado em consideração o décor do casamento, o horário e a estação do ano.












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