segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PÔ, BIBI, DE VERMELHO NÃO!

O que significa vestir uma roupa?

Roupa tem um significado transcendente e metafísico...

Adão e Eva, no Gênesis, após comerem do fruto proibido, descobriram-se nus e, quando Deus os chamou, esconderam-se entre as árvores do Jardim do Éden, para cobrir o corpo descoberto que agora os envergonhava diante de Deus.

A partir daí os homens passaram a usar peles de animais para se proteger.

A roupa, então, inicialmente, tinha como finalidade proteger do frio, do sol, das intempéries, do contato com objetos que pudessem machucar a pele...

Mas roupa não significa apenas uns “panos” costurados que cobrem as partes pudendas.

Posteriormente, a roupa passou a ser um símbolo de distinção, de status social. Pelas vestes, era possível saber se o indivíduo era de posses ou não, a que camada social pertencia e que função exercia dentro de seu meio social.

E, de certa forma, é assim até os dias de hoje, sem, contudo, olvidar as idiossincrasias individuais, as mudanças valorativas, as inovações tecnológicas e metamorfoses filosóficas...

Vixe, esse papo está cabeção demais, não é?

Mas, resumo da ópera, um padre não é reconhecível como padre, sem alguns dos elementos pelos quais se pode identificar uma batina; um advogado não é reconhecível como advogado se não usa roupas formais que lembrem um terno; um médico não é reconhecível como médico se não usa as vestes brancas.

Da mesma forma, quando se pensa em noiva, fatalmente vem a mente a identificação com vestido, véu, grinalda e buquê... Noiva, semanticamente, é um conceito impossível de se definir, apesar de todo mundo saber intuitivamente o que é uma noiva.

Pô, Bibi, de vermelho não!
Mas como definir uma noiva? Uma mulher que usa um vestido branco? Mas os vestidos podem outras cores como o atual off white ou nude, que são chiquérrimos! Ou cores mais arrojadas, como o vestido vermelho de Bibi, personagem da atriz Maria Cláudia Gueiros, na novela “Insensato Coração”. Mas isso não é novidade. Na Espanha da Renascença as noivas se casavam de preto.

E o vestido? Em estilo romântico, moderno, despojado, kitsch ou minimalista? Formal ou informal? Longo ou curto? Com mangas, alças, um ombro só ou tomara de caia? Decoroso ou sedutor? Saia vaporosa, armada, reta ou sereia?

Ainda que uma noiva se apresente em qualquer uma dessas formas, facilmente será identificada como tal, porque noiva, muito mais que uma definição (que parece meio impossível), é um conceito!

Então, uma vez que o conceito de noiva tem tantas nuances e facetas, quero mostrar para vocês alguns modelos maravilhosos.

Eu adoro os modelos europeus. Os meus prediletos são da Pronovias e San Patrick. Aqui em Recife você não encontra os modelos da San Patrick.













Mas me disseram que a Vert Rouge comercializam modelos da Pronovias.

Caso vocês fiquem interessadas nos modelos da Pronovias, há uma representação exclusiva em Salvador, que possui uma diversidade de modelos e recebe sempre as novas coleções (http://www.lanovia.com.br/).

Mas há também os modelos da Cymbeline, que é uma grife francesa (http://www.cymbeline.com/). São belíssimos os vestidos.








Mas Cymbeline só em São Paulo!

Há também os vestidos de Maggie Sottero (http://www.maggiesottero.com/), que são fabulosos. Há uma representante em Maceió e outra em João Pessoa.










Acho um absurdo não ter em Recife!

Agora vem os modelos da famosa estilista americana Vera Wang (http://www.verawang.com/)! O vestidos dela são um sonho!












Mas, tirantes esses modelos que você pode comprar ou alugar nos representantes, você também pode mandar fazer o seu modelo inédito ou até mesmo copiar um modelo que você acha belíssimo.

Aqui em Recife temos maravilhosos estilistas e costureiros, que criam e confeccionam vestidos de noivas que são um sonho.

O meu vestido vai ser confeccionado por Lucy Botelho que, além de um amor de pessoa, é uma profissional fantástica e extremamente talentosa (http://lucybotelho.blogspot.com/).



http://lucybotelho.blogspot.com/

http://lucybotelho.blogspot.com/


Beijos e até o próximo post!


sábado, 13 de agosto de 2011

O BOLO DE NOIVA PERNAMBUCANO

O Porto do Recife, dada a sua posição geográfica e maior proximidade com a Europa, tornou-se historicamente um dos mais importantes do Brasil.

O trânsito de navios oriundos de todas as partes do mundo era muito intensa e também a Cidade do Recife representava um importante centro comercial, atraindo muitos estrangeiros. Como uma importante cidade do Brasil Colônia, depois Brasil Império e, por fim, Brasil República, o Recife apresentava-se como um lugar efervescente e de novas oportunidades.


Como conseqüência deste fato histórico, muitos ingleses se transferiram para o Recife, formando uma expressiva colônia com fortes negócios na cidade, tais como casas de comércio, escritórios, bancos e concessionárias de serviços públicos, tais comoWestern Telegraph Company (que possibilitava o contato com o mundo, através do cabo submarino), Pernambuco Tramways and Power Company (que interligava o Recife, com os seus trens, às demais cidades de Pernambuco e do Nordeste), Huascar Purcell, Pernambuco Paper Mills, Western of Brazil Railway Company, Price Waterhouse, Machine Cotton, John A. Thom (negociante de algodão, borracha, açúcar, mamona, cera), Cory & Brothers, Bank of London & South America, London & River Plate Bank, Royal Bank of Canada, Boxwell & Cia. (o maior estabelecimento de enfardamento de algodão), Williams & Cia. (exportadores de açúcar e algodão), Conolly & Cia. (casa de câmbio), Ayres & Son (representante de várias firmas e fabricantes) e White Martins.

Basta dizer que os ingleses possuíam um cemitério que existe até os dias de hoje – o Cemitério dos Ingleses, na Av. Cruz Cabugá –, edificaram uma igreja anglicana – a Holly Trinity Church, na atual Av. Conde da Boa Vista –, construíram um hospital – o British Hospital, que funcionava na Rua da Imperatriz –, criaram o Caxangá Golf Club e até mesmo, a partir da prática do esporte bretão pelos funcionários da Great Western e da Western Telegraph, deram origem ao Sport Club do Recife, o primeiro clube de futebol da cidade, fundado em 13 de maio de 1905.

Os ingleses que aqui moravam mantinham relações de amizades com as famílias mais abastadas da sociedade recifense. Desta sorte, alguns de seus hábitos influenciaram culturalmente a cidade.

Bem, esta breve digressão histórica foi feita para que as noivinhas possam entender por que motivo o bolo de casamento que costumeiramente encontramos nas cerimônias e recepções pernambucanas é totalmente diferente do encontrado no restante do país.

Primeiro, o nome é “Bolo de Noiva” mesmo!

O nosso bolo de casamento, ou melhor, Bolo de Noiva, é uma variante do bolo inglês e leva ameixa, passas, frutas cristalizadas e vinho tinto ou do Porto.  Houve a substituição da cereja e do vinho inglês.

Eu mesma nem sabia que o Bolo de Noiva só era comum em nossa região. Desde criança eu sempre achava que todo casamento teria bolo de noiva. Somente depois de adulta é que descobri que aqui em Pernambuco temos o nosso Bolo de Noiva.

A massa é escura, encorpada e molhadinha, mas levemente fofa. O gosto é forte, mas maravilhosamente saboroso. Escolher outro tipo de bolo de casamento, aqui em Pernambuco, é uma heresia imperdoável! Só pode ser o Bolo de Noiva!

É totalmente diferente do tipo de bolo de casamento que é comum no sul e sudeste do país – bolo de chocolate ou bolo de massa branquinha, aerada, do tipo pão de ló, com recheio de doce de leite ou de nozes. Definitivamente, um bolo nesses padrões não faz sucesso por aqui...
  
Além da massa em estilo de bolo inglês, o Bolo de Noiva pernambucano genuíno tem que ser confeitado com o tradicional glacê de açúcar e limão.

Pasta americana, de jeito nenhum!

Aliás, essa pasta americana só tem a finalidade de permitir uma confeitaria mais elaborada, porque o gosto... é uma negação. Nada comparável a um glacê tradicional bem feito!

E com o passar dos dias, o bolo fica ainda mais gostoso! A massa fica com um gosto mais forte de passas, ameixa, frutas cristalizadas e vinho. É uma delícia uma fatia de Bolo de Noiva com café passado na hora!

A tradição manda que os noivos congelem e guardem um pedaço do bolo de noiva para comer no primeiro aniversário de casamento. É uma superstição que garante a permanente felicidade e a longevidade do casamento.

A minha “boleira” ou Cake Designer predileta é Ana Isabel Figueiredo. No entanto, além dos contatos dela, vou deixar também o de outras “boleiras” conhecidas aqui em Recife, que também fazem Bolos de Noiva maravilhosos. 


Ana Branco - (81) 3227-7229


Ana Izabel Figueiredo - (81) 3445-1820


Carminha do Céu - (81) 3463-6133


Cássia Pereira - (81) 3442-9087


Edma & Ziemi - (81) 3265-7600 - 3269-1865


Jane e Eliane Asfora - (81) 3221-4363


Mãos de Fada - (81) 3265-2504


Socorro Cruz - (81) 3241-8260


Suely Vieira - (81)  3341-0336


Um beijo e até o próximo post!



O QUE É UM MINI WEDDING?

Na Europa e EUA, é costume fazer das cerimônias e festas de casamento algo mais íntimo, um verdadeiro petit-comité.


Chamam-se só os familiares e amigos mais próximos e muitas vezes a recepção de casamento é feita na própria casa dos noivos ou dos seus pais.

Não há essa pompa e circunstância que é costumeira por aqui, na qual, ainda que o casamento seja muito simples, até mesmo um humilde casal de noivos se sente na obrigação de chamar toda a família e muitos, muitos amigos.

A elaboração da lista de casamento, inclusive, chega a ser um tormento que muitas vezes causa constrangimento, dissabor e estranhamento entre os próprios noivos, ou entre os noivos e seus pais ou seus sogros. E, por tabela, quem não é convidado fica ressentido... Ai, ai, meu Deus!

Além disso, todo o processo de organização de uma cerimônia e recepção de casamento custa muito caro. Quando se fala em casamento, parece que todo mundo ouve o tilintar de caixa registradora e manifesta no brilho do olhar cifrões!

Poxa, nessas horas podemos invejar os europeus e americanos que são super práticos e objetivos...  

Mas, comentários a parte, trago uma boa nova para as noivas neófitas e que ainda não conhecem uma tendência atual nos casamentos: o mini wedding!

É menos que uma cerimônia nos moldes tradicionais, mas é mais completa que uma festa “bolo com champanhe”.

O diferencial é a quantidade de convidados. Você pode fazer um mini wedding para 30, 50, 80 pessoas...

Aqui no Brasil, o mini wedding é comum no meio de pessoas abastadas que são low profile, totalmente avessas a qualquer badalação. Afinal, menos é mais!

Aderem, também, ao mini wedding os casais que dispensam a celebração religiosa e contraem núpcias apenas no formato civil, organizando uma pequena recepção para os mais chegados.

As fotos a seguir postadas são de um mesmo mini wedding. Percebam a beleza singela e graciosa da decoração. Simples, mas extremamente requintada.



Amei essas gaiolinhas!


A decoração das mesas está um arraso!


Adorei essa idéia do cardápio
sobre os  pratos

Uma vista geral.

A cerimônia e recepção podem ser realizadas numa pequena igreja. Fica uma coisa romântica e emocionante.
Contudo, caso a igreja não possua um espaço para recepção, pode ser organizada uma reunião em um restaurante, numa casa de chá, num hotel fazenda, numa pequena casa de recepção, na praia, num sítio ou numa chácara, ou até mesmo na casa dos pais dos noivos.

Quando se fala em restaurante, algumas pessoas tremem...

Calma! Pode ser escolhido um restaurante do tipo bistrô ou um que tenha um espaço menor e elegante. Ou, ainda, você pode escolher um restaurante que tenha um espaço reservado, cujo acesso só será franqueado aos convidados.

Quanto a decoração, dependendo do estilo da noiva, pode ser feito algo no estilo anos 20, ou provençal, ou romântico, ou despojado... Enfim, há uma infinidade de opções e a decoração terá o mesmo caráter do casamento: personalíssimo, íntimo e discreto.

Quanto ao cardápio, pode ser feito um pequeno almoço, mas conhecido como brunch (junção de breakfast e lunch, em inglês), entre as 10 e 14 horas. Um brunch fica bem apropriado se o casamento for realizado em uma casa de chá ou no campo ou na praia.

Se a celebração for realizada no período vespertino, fica bem um pequeno coquetel volante com uma mesa de frios ou mesa de crepes.

O pequeno coquetel fica elegante acompanhando de um jantar intimista, se o casamento for realizado após as 19 horas.

O mini wedding concede a noiva a oportunidade de fazer um casamento com uma organização mais elaborada. Você pode colocar nas mesas um cartãozinho indicando o lugar de cada convidado; usar louças, toalhas e guardanapos personalizados com o monograma dos noivos; mandar fazer convites acompanhados de mimos como chocolates, mini bolos ou bem casados, que servirão de lembrança; organizar um cardápio bem direcionado ao gosto dos convidados...

O bolo para o casamento no estilo mini wedding deve ser pequeno e apropriado para uma recepção com uma quantidade reduzida de convidados. No entanto, isso não obsta que tenha o mesmo requinte de detalhes dos bolos que são utilizados em cerimonias tradicionais.



Esse modelo é o meu predileto

Em relação à música, de acordo com o perfil desse tipo de celebração, fica mais adequado algo como um trio ou quarteto de músicos, ou um DJ com um set list escolhido pessoalmente pelos noivos.

Igualmente, o vestido da noiva é diferenciado para uma celebração no estilo mini wedding. A ocasião pede vestidos menos suntuosos. No entanto, não afastam a delicadeza, o detalhismo e a comodidade.

Dependendo do estilo da noiva, são permitidos vestidos minimalistas ou alternativos.

Como sugestão de vestidos para a ocasião, postamos algumas fotos que, com certeza, agradarão a muitas noivas.

Mais vintage impossível





Esse é o meu predileto

Um modelo para ser usado
no mini wedding à noite

Um loosho para mulheres maduras
ou que estão contraindo
segundas núpcias



Para noivas de personalidade
e perfil minimalista


Enfim, o mini wedding, uma celebração íntima e pessoal, é uma tendência que veio para ficar, dando aos noivos a liberdade de fazer um casamento com o seu perfil.