domingo, 25 de março de 2012

BOLO COM CHAMPANHE

Navegando pelas redes sociais, vejo que os noivos se deparam com um dilema quando resolvem se casar.

Investir na aquisição e mobília da casa própria ou fazer uma festa de casamento? E, resolvendo fazer uma festa de casamento, como preparar uma bonita cerimônia e recepção sem se endividar? Fica chato fazer uma festa simples ou para poucas pessoas?


Bem, inicialmente, os noivos devem ponderar sobre suas necessidades, prioridades e sonhos.

Iniciar uma vida a dois é algo excitante e apaixonante, mas, também, a partir desse início é que o casal vai realmente se conhecer. E nada pior do que iniciar a vida conjugal com dívidas.

Para os noivos que estão em dúvida... Não, não é feio fazer uma festa simples. Não, não é feio fazer uma festa para poucos convidados.

Não sei quem incutiu no imaginário popular que casamento tem que ser algo grandioso e com muitos convidados!

Em outros países não existe isso! Salvo, se for um casamento da realeza, que, digamos, é um casamento de Estado, sendo de bom tom chamar representantes políticos de diversos países, diplomatas e etc.

Há, também, é óbvio, os casamentos de alguns artistas. Mas, nesses casos, o casamento em si já é um espetáculo a parte, com negociação dos direitos de imagem e tudo. Muitos fornecedores patrocinam esses casamentos, oferecendo os seus serviços em troca de visibilidade. Artista é artista e, afinal, tem que sempre se manter na mídia. Então, explorar o seu próprio casamento é inerente a própria atividade.

Mas, justiça seja feita, algumas personalidades com perfil low profile preferem cerimônias com recepção discreta, apenas para os mais chegados.

Para nós, reles mortais, o casamento não pode se dissociar da idéia de que é o momento de união, de celebração do amor, que será comungado com as pessoas mais queridas, que se sentem felizes com a felicidade do casal.

Se o casal tiver isso em mente, não será difícil tomar a decisão certa sobre que tipo de cerimônia e recepção a ser realizada e a quantidade de convidados.

Na época de meus pais, o comum era a recepção no estilo “bolo com champanhe”. Eu lembro que, quando eu era criança, os casamentos também costumavam ser assim.

No entanto, depois que passou a ser explorado como um nicho de mercado, o casamento se tornou um evento profissionalizado.

Antes, o casamento era preparado de forma amadora pela noiva, junto com sua mãe, sua sogra, suas amigas... Agora, existe até mesmo um profissional, o cerimonialista, que cuida de todos os detalhes, inclusive negociação de contratos, mediante a devida remuneração, é claro.

Assim sendo, hoje em dia, uma noiva tem “fornecedores”, na forma da empresa contratada para o buffet, a casa de recepção, os doces, a fotografia, a filmagem, a iluminação, a decoração... Ufa, são tantos!

Dada essa profissionalização pela criação de um mercado segmentado para casamentos, muitos profissionais torcem o nariz quando os noivos querem uma cerimônia “bolo com champanhe”, porque, para eles, não significa um retorno rentável.

Eu mesma senti na pele essa discriminação. Fui fazer um orçamento em uma famosa casa de recepção, aqui no Recife, e a gerente me respondeu que só me forneceria um orçamento se eu tivesse acima de 350 convidados! Ou, então, seu eu realizasse a minha recepção num dia de domingo!

Mas esse fato só aguçou ainda mais a minha pesquisa e busca por fornecedores que se adequassem ao meu sonho de casamento e ao meu bolso.


Minha opção não foi por uma festa “bolo com champanhe”. Na minha avaliação pessoal, é uma opção de bom gosto para aqueles que preferem uma recepção nesses moldes.

Quem escolhe esse tipo de recepção deve se ater a alguns seguintes critérios.
  
Bolo com champanhe é uma recepção para poucos convidados. Desse modo, se o casal pretende recepcionar mais de duzentas pessoas, o adequado é pensar em outro formato de festa;

Bolo com champanhe é uma recepção rápida após a cerimônia de casamento. Por isso, o ideal é que seja realizada em algum salão nas dependências da própria igreja. É apropriado também para cerimônias realizadas em local diverso de uma igreja, como na praia, no campo ou em casa de recepção.

Por ser uma recepção rápida, não pode ter mesas e cadeiras. A decoração do ambiente pode contemplar alguns puffs e cadeirinhas altas, para que os convidados possam se acomodar, principalmente as pessoas idosas, e ficarem mais a vontade para conversar.

Nesse tipo de recepção, o foco principal é o bolo, junto com uma mesa muito farta de doces, acompanhada de um coquetel volante, servindo-se refrigerantes e sucos de frutas da estação. Desse modo, mais combina com o horário vespertino, para casamentos celebrados por volta das 16:00-17:00 horas.

O champanhe pode ser servido só na hora do brinde ou durante toda a recepção. Em alguns casos, os noivos também decidem servir uísque. Quando o casamento é celebrado no início da noite, junto com o coquetel volante, pode ser acrescentada uma mesa de crepes ou uma mesa de frios.

Mas, se você começa acrescentar mesa de crepes, empratados, mesa de frios e assim por diante, já descaracteriza a recepção estilo “bolo com champanhe”.

Na verdade, o nome desse tipo de recepção deveria ser “bolo com espumante”.

Espumante é um tipo de vinho branco gaseificado (com gás carbônico) por método natural ou artificial. Popularmente, chamamos qualquer espumante de champanhe. Aliás, tem gente que absurdamente chama de champanhe até a Sidra Cereser!

Só é champanhe o espumante originário da região francesa da champanhe. Se for da região do Vêneto, na Itália, recebe o nome de prosecco. Se for da Espanha, recebe o nome de cava. E se for de qualquer outra parte do mundo, é espumante.

Com essa breve orientação sobre recepção “bolo com champanhe” espero ter ajudado vocês.

Beijos e até o próximo post!

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